domingo, 3 de julho de 2011

O ensino de artes na contemporaneidade

Lendo e refletindo sobre a arte contemporânea problematiza nosso encontro com a linguagem, devemos colocar de lado nossos hábitos tradicionais de ver arte, ou seja, de esperar dela uma “janela para a realidade”, de ver através dela soluções para o mundo, enfim estamos diante de uma arte que não prevê resultados. E se ela enriquece nossa vida, não é porque nos oferece saídas, mas, ao contrário, porque problematiza nossa relação com a realidade e apresenta muito mais perguntas do que respostas.

Estamos definitivamente diante da concepção de uma arte essencialmente “um absolutamente outro”, por apresentar algo muito além do que damos conta de “dizer”.


O professor de arte de ser um pesquisador para que tenha uma proposta que desafio o aluno a pensar, pois a arte é um caminho que pode enriquecer a vida do aluno, despertando um olhar curioso diante do mundo da arte, pois é um universo com um leque de opções para ser analisado com profundidade.


A arte é um saber que se realiza diferentemente do que o entendemos até então como saber. Se aprendermos com a arte, e aprendemos, não é porque ela explica o mundo, mas porque ela o problematiza, questiona nos propõe diante de um impasse, diante do absolutamente outro, que não conseguimos trazer à luz. Ironicamente, uma aprendizagem pela “não-aprendizagem”, se quiser comparar com tudo o que sabemos do que seja aprender. Apreender é segurar, agarrar, aqui é justamente, ver escorregar das mãos todas as possibilidades de agarrar. Estar diante do “abismo”. Um desafio.


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